Numa das saídas do Cénico, a ida ao Torrão do Alentejo, ou melhor dizendo, a vinda, ficou registada na memória de todos. A actuação correu bem, com as pequenas e costumeiras alterações ao texto. Quando chegámos à Incrível Almadense e começámos a descarregar o material, demos por falta de duas gavetas pertencentes a duas pequenas mesas. Ao comentarmos o facto, o motorista da camioneta de caixa aberta disse, no seu irrepreensível sotaque alentejano: “Eu bê me pareceu que tinha ôvido um barulho na curva, mas nunca pensara que foram as gavêtas”. Quem teve o maior desgosto em relação às gavetas foi o Ganhão porque na actuação seguinte, quando se preparava para consultar as cábulas, onde estava apontada toda uma conversa telefónica, verificou, para seu espanto e desespero, que a gaveta não estava lá... E como quem não sabe, inventa, começou a bater no telefone enquanto ia dizendo: “Estou? Estou? Está lá? Esta porcaria está avariada! Não se ouve nada! Estou? Os telefones da PT são sempre a mesma porcaria”. E o monólogo não se prolongou mais porque ele teve calma suficiente para se encostar o máximo à lateral e escutar o ponto.
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
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3 comentários:
hó Ganhão então não estudas o papel! tens de jogar menos ao dóminò para não meteres BUCHAS
Que cena marada! Também já tive alguns azares no teatro!
Faz parte do teatro. E mais tarde é sempre motivo de gargalhada e boas recordações.
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